Band planeja horário nobre sem "Show da Fé"
Parece que dessa vez o "Show da Fé", do missionário R. R. Soares (foto), deixará de fazer parte do horário nobre da Band. O jornalista Flávio Ricco antecipou em sua coluna Canal 1 no último dia 14 que a Bandeirantes está preparando um programa diário para o horário nobre, a ser lançado em setembro (após o término das Olimpíadas).
A atração, idealizada por Hélio Vargas (criador do "Tudo a Ver" na Record), misturará entretenimento e informação, servindo "como opção num horário que hoje é dominado pelas novelas". Daniel Castro apontou em sua coluna na Folha de 16/07 que o formato prevê "entrevistas e participação de colunistas de várias áreas". "Seria uma 'revista de comportamento'".
O problema, por enquanto, é o mesmo que fez a Igreja da Graça ter seu espaço no horário nobre desde 2003: dinheiro! R. R. Soares paga entre R$ 2 milhões e R$ 4 milhões por mês para exibir seu "Show da Fé" das 21h às 22h na Band. Além do mais, nas madrugadas a emissora retransmite a programação da RIT, canal da mesma igreja. Vai ver é também por isso que existe "uma grande preocupação para que a resolução tomada não abale a relação amistosa que marcou a parceria entre as partes ao longo desse tempo", conforme afirma a reportagem de Bárbara Sacchitiello para o Meio & Mensagem.
A Bandeirantes sabe o quanto queima o próprio filme com pregação no horário nobre! A mesma reportagem do Meio & Mensagem diz que "a emissora revê a necessidade de padronizar sua grade, preenchendo o primetime com um conteúdo pertinente a uma rede que almeja disputar audiência em pé de igualdade com as demais".
As emissoras que alugam espaços geralmente escolhem horários "fracos" e nem por isso deixam de correr o risco do prejuízo de imagem - a Manchete se queimou muito quando começou a ter televendas e igrejas na grade. Elas sabem disso, mas preferem esse prejuízo ao prejuízo financeiro, já que os horários têm baixa visibilidade e, conseqüentemente, baixo faturamento. Quem aluga o horário nobre faz a mesma opção do "dinheiro certo", mas assume implicitamente que não se julga capaz de competir com um produto rentável no horário mais importante. Até a Record, que tem a venda de horários para a IURD como único meio "declarável" para injeção de dinheiro da igreja na empresa, sempre poupou seu horário nobre.
Então fica nisso: a Band sabe que igreja no horário nobre não é coisa de grande rede. Se quiser competir de igual pra igual, vai ter que abrir mão do dinheiro do missionário, independente se são R$ 2 milhões ou R$ 4 milhões. Mesmo que isso signifique trabalhar mais (ou alguma coisa) com grandes chances de faturar menos.
SAIBA MAIS
http://www.meioemensagem.com.br/novomm/br/Conteudo.jsp?origem=home&IDconteudo=110728
A atração, idealizada por Hélio Vargas (criador do "Tudo a Ver" na Record), misturará entretenimento e informação, servindo "como opção num horário que hoje é dominado pelas novelas". Daniel Castro apontou em sua coluna na Folha de 16/07 que o formato prevê "entrevistas e participação de colunistas de várias áreas". "Seria uma 'revista de comportamento'".
O problema, por enquanto, é o mesmo que fez a Igreja da Graça ter seu espaço no horário nobre desde 2003: dinheiro! R. R. Soares paga entre R$ 2 milhões e R$ 4 milhões por mês para exibir seu "Show da Fé" das 21h às 22h na Band. Além do mais, nas madrugadas a emissora retransmite a programação da RIT, canal da mesma igreja. Vai ver é também por isso que existe "uma grande preocupação para que a resolução tomada não abale a relação amistosa que marcou a parceria entre as partes ao longo desse tempo", conforme afirma a reportagem de Bárbara Sacchitiello para o Meio & Mensagem.
A Bandeirantes sabe o quanto queima o próprio filme com pregação no horário nobre! A mesma reportagem do Meio & Mensagem diz que "a emissora revê a necessidade de padronizar sua grade, preenchendo o primetime com um conteúdo pertinente a uma rede que almeja disputar audiência em pé de igualdade com as demais".
As emissoras que alugam espaços geralmente escolhem horários "fracos" e nem por isso deixam de correr o risco do prejuízo de imagem - a Manchete se queimou muito quando começou a ter televendas e igrejas na grade. Elas sabem disso, mas preferem esse prejuízo ao prejuízo financeiro, já que os horários têm baixa visibilidade e, conseqüentemente, baixo faturamento. Quem aluga o horário nobre faz a mesma opção do "dinheiro certo", mas assume implicitamente que não se julga capaz de competir com um produto rentável no horário mais importante. Até a Record, que tem a venda de horários para a IURD como único meio "declarável" para injeção de dinheiro da igreja na empresa, sempre poupou seu horário nobre.
Então fica nisso: a Band sabe que igreja no horário nobre não é coisa de grande rede. Se quiser competir de igual pra igual, vai ter que abrir mão do dinheiro do missionário, independente se são R$ 2 milhões ou R$ 4 milhões. Mesmo que isso signifique trabalhar mais (ou alguma coisa) com grandes chances de faturar menos.
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http://www.meioemensagem.com.br/novomm/br/Conteudo.jsp?origem=home&IDconteudo=110728
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