Sobre ativismo na mídia - II

A edição de julho da Revista do Brasil traz uma matéria sobre o 1º Fórum de Mídia Livre, que aconteceu em junho no Rio de Janeiro, e aborda mais alguns pontos importantes sobre o ativismo na mídia. Abaixo alguns trecos da matéria, disponível no site da revista:

Em 2007, as cinco principais redes de TV do Brasil abocanharam 60% do total das verbas de publicidade empenhadas pelo governo federal. Desse montante, 40% ficou com a TV Globo. Jornais e revistas ficaram com 25% e o restante foi dividido entre as empresas de rádio e veículos on-line. O Sistema Globo (servido de TVs, rádios, jornais, revistas, internet) tem ficado, segundo o Observatório do Direito à Comunicação, com mais de 60% do total da receita publicitária oriunda do setor público, de quase R$ 1 bilhão anuais. Essa hegemonia produzida artificialmente obstrui o desenvolvimento de novas mídias. A luta pela democratização da circulação e do acesso à informação no Brasil foi o objetivo comum que levou mais de 400 pessoas de vários estados brasileiros ao 1º Fórum de Mídia Livre (FML), dias 14 e 15 de junho, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). (...)

(...) “Se não agirmos concretamente para mexer nessa questão da distribuição das verbas públicas, não chegaremos a lugar nenhum”, avalia o diretor da Carta Maior, Joaquim Palhares, ressaltando a importância de se estender o movimento para todo o continente.(...)

Uma parcela importante do público do fórum demonstrou ao pé da letra o sentido de diversidade e liberdade que almeja para o rumo das comunicações no país. As intenções são as melhores: eles não pretendem construir nenhum tipo de projeto de poder, tampouco destruir impérios de comunicação numa disputa entre formiguinhas e elefantes. Jovens das mais diversas origens, dispostos a ampliar o espaço de debate sobre as milhares de realidades brasileiras, buscam ser produtores autônomos de informação, conhecimento e arte. E querem viver disso.

(...) Apesar de o barateamento do acesso às novas tecnologias ter proporcionado novos espaços de conhecimento e debate, a produção profissionalizada de conteúdo informativo – em blogs principalmente – também é, ainda, monopólio das grandes empresas de mídia. É como se os clássicos “formadores de opinião” do século passado tivessem migrado para a internet, levando com eles audiência, visibilidade e os habituais patrocinadores daquela mídia convencional. (...)

SAIBA MAIS
http://www.revistadobrasil.net/midia.htm

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