Especial: Era uma vez a TVJB (1ª Parte)
A crise ou reestruturação da CBM (Companhia Brasileira de Multimídia) sempre me faz lembrar, mesmo quando não cito, a TVJB, empreitada do grupo de Nelson Tanure na televisão. Foram exatos cinco meses no ar (de 17 de abril a 17 de setembro de 2007), contando com a última semana em que foi transmitida pela Rede Brasil de Televisão - a CNT transmitiu a TVJB entre 17 de abril a 05 de setembro.
Em vez de simplesmente citar, resolvi contar de uma vez o que foi sua curta trajetória. E como a história é longa (apesar do pouco tempo em que a emissora esteve no ar), vou dividi-la em duas partes. Nesse final de semana falo sobre a história da parceria CNT-CBM até a estréia da TVJB.
O NAMORO ENTRE TANURE E OS MARTINEZ
As primeiras notas sobre o arrendamento da CNT saíram em 2006. Em 29 de maio, Mônica Bergamo anunciou em sua coluna na Folha o pré-acordo entre Tanure e a rede dos Martinez, classificado pelo programa do Observatório da Imprensa na Cultura FM de São Paulo como "preocupante para quem reivindica bom jornalismo". Em 29/07, Daniel Castro confirmou a informação no mesmo jornal.
Os primeiros sinais da nova programação na CNT apareceram ainda em 2006, através de especiais de fim de ano produzidos pela CBM. Nesse momento, a maioria das notícias falava em venda da rede paranaense para o grupo de Tanure, e não em arrendamento. Não havia definição sobre a nova marca que a rede assumiria: falava-se em TVJB, JBTV, Rede JB ou CBTV. Na tela o que se via era CNT-Jornal do Brasil.
Em 22 de janeiro de 2007 o CNT Jornal, antes apresentado por Marcelo Ribeiro e Gilberto Campos em Curitiba, migrou para os estúdios cariocas da CNT, agora sob o comando de Ana Maria Tahan. O jornal ficou bem precário, mas se justificava pela característica de provisório que tinha - nessa época já era certa a estréia de Bóris Casoy em março.
O Tela Viva News publicou matéria em 13/03/2007 falando que a TV teria investimento inicial de R$ 20 milhões - um valor que tinha previsão para retornar ao acionista em um ano, segundo Daniel Barbara, o experiente publicitário convidado por Tanure para presidir sua Companhia Brasileira de Multimídia, empresa criada em 2001, quando arrendou por 60 anos o Jornal do Brasil. As primeiras notícias falavam que a sede da emissora seria no Rio de Janeiro, mas foi firmado um acordo com Gugu Liberato para uso da estrutura física de sua produtora em Barueri/SP.
A estréia, antes prevista para março, era confirmada para abril. A CBM começaria ocupando a faixa das 18h à meia-noite, mas paulatinamente os programas religiosos e de televendas sairiam da grade da CNT, a medida em que os contratos de locação de horários fossem vencendo. Barbara disse ao site que a maioria desses contratos venceria no final de 2007.
A identidade visual foi criada pela agência Tutti Design, que tinha como objetivo "conservar a identidade da consagrada marca Jornal do Brasil emprestando-lhe mais modernidade em um processo que prevalecesse a transição ao invés da indesejada ruptura". Veja algumas etapas do processo de criação do logotipo, apresentadas pela agência no site Design em Dia:
As gradações de azul foram escolhidas para conservar a identidade da marca Jornal do Brasil na TV
Veja uma peça da campanha de lançamento da nova TV.
O CASAMENTO (COM SEPARAÇÃO TOTAL DE BENS)
Acompanhei a estréia da TVJB e relatei em uma comunidade da CNT no Orkut. Segue o texto:
A seguir, vinheta interprogramas da TVJB e de "Ainda Hoje", capturadas na data de estréia da emissora pelo usuário Comte do YouTube.
Vinheta interprogramas
Ainda Hoje
Algum tempo depois da TVJB entrar no ar a CNT reformulou seu site, que passou a exibir um banner explicando a parceria "sem qualquer aquisição, fusão ou incorporação". Veja o comunicado:
Clique na imagem para ampliar
Continuo a história da TVJB no próximo sábado, falando sobre sua programação, repercussão e extinção.
Em vez de simplesmente citar, resolvi contar de uma vez o que foi sua curta trajetória. E como a história é longa (apesar do pouco tempo em que a emissora esteve no ar), vou dividi-la em duas partes. Nesse final de semana falo sobre a história da parceria CNT-CBM até a estréia da TVJB.
O NAMORO ENTRE TANURE E OS MARTINEZ
As primeiras notas sobre o arrendamento da CNT saíram em 2006. Em 29 de maio, Mônica Bergamo anunciou em sua coluna na Folha o pré-acordo entre Tanure e a rede dos Martinez, classificado pelo programa do Observatório da Imprensa na Cultura FM de São Paulo como "preocupante para quem reivindica bom jornalismo". Em 29/07, Daniel Castro confirmou a informação no mesmo jornal.
Os primeiros sinais da nova programação na CNT apareceram ainda em 2006, através de especiais de fim de ano produzidos pela CBM. Nesse momento, a maioria das notícias falava em venda da rede paranaense para o grupo de Tanure, e não em arrendamento. Não havia definição sobre a nova marca que a rede assumiria: falava-se em TVJB, JBTV, Rede JB ou CBTV. Na tela o que se via era CNT-Jornal do Brasil.
Em 22 de janeiro de 2007 o CNT Jornal, antes apresentado por Marcelo Ribeiro e Gilberto Campos em Curitiba, migrou para os estúdios cariocas da CNT, agora sob o comando de Ana Maria Tahan. O jornal ficou bem precário, mas se justificava pela característica de provisório que tinha - nessa época já era certa a estréia de Bóris Casoy em março.
O Tela Viva News publicou matéria em 13/03/2007 falando que a TV teria investimento inicial de R$ 20 milhões - um valor que tinha previsão para retornar ao acionista em um ano, segundo Daniel Barbara, o experiente publicitário convidado por Tanure para presidir sua Companhia Brasileira de Multimídia, empresa criada em 2001, quando arrendou por 60 anos o Jornal do Brasil. As primeiras notícias falavam que a sede da emissora seria no Rio de Janeiro, mas foi firmado um acordo com Gugu Liberato para uso da estrutura física de sua produtora em Barueri/SP.
A estréia, antes prevista para março, era confirmada para abril. A CBM começaria ocupando a faixa das 18h à meia-noite, mas paulatinamente os programas religiosos e de televendas sairiam da grade da CNT, a medida em que os contratos de locação de horários fossem vencendo. Barbara disse ao site que a maioria desses contratos venceria no final de 2007.
A identidade visual foi criada pela agência Tutti Design, que tinha como objetivo "conservar a identidade da consagrada marca Jornal do Brasil emprestando-lhe mais modernidade em um processo que prevalecesse a transição ao invés da indesejada ruptura". Veja algumas etapas do processo de criação do logotipo, apresentadas pela agência no site Design em Dia:
Veja uma peça da campanha de lançamento da nova TV.
O CASAMENTO (COM SEPARAÇÃO TOTAL DE BENS)
Acompanhei a estréia da TVJB e relatei em uma comunidade da CNT no Orkut. Segue o texto:
Começou!
Com cara de TVE: às 18:00 a volta do Leo Almeida, no programa Na Rua. Uma hora e meia com muitos amigos do apresentador por telefone, uma apresentação da programação e uma discussão bem superficial sobre a qualidade da programação da TV aberta (que só existiu pra promover a imagem da TVJB como emissora de qualidade).
Alguns quadros sem graça, alguns erros... aqui em São Paulo a imagem da TV aberta com sinal fraco e a da NET com os erros de sempre (a imagem "trava" toda hora e em alguns momentos não teve sincronia entre som e imagem), mas o saldo foi bom, pra estréia. O cenário é muito bonito e o programa é bem feito. E o Leo Almeida é muito competente... acho que quando o programa "engrenar" vai ser muito bom! É o Caderno Teen/Atitude.com numa TV comercial, pra mais estados e com mais tempo de duração. Tomara que dê certo!
A cara de TVE continuou com a volta da Luiza Sarmento e o + Pop. O mesmo programa... o TVZ da TV aberta.
A novelinha não consegui assistir... só vi. Não tenho paciência pra novela... deixei pra ver as vinhetas e chamadas (muito boas, por sinal - a voz padrão é discreta e as chamadas tem um estilo próprio simples, mas muito bom)!
Agora tá passando o Cine Set... que é o Cine Revista com novo nome, pra promover a revista da Editora Peixes, recém adquirida pelo Tanure.
E daqui a pouco tem o esperado jornal do Bóris.
***
e começou com erro, infelizmente.
atrasou, e as duas primeiras reportagens foram ao ar sem áudio. o jornal foi cortado e voltou ao ar quase as 22:30.
uma pena pq provavelmente mta gente estaria vendo essa estréia tão comentada, e é difícil o público "dar chance" ao erro... esperar quase meia hora pra ver o jornal!
A seguir, vinheta interprogramas da TVJB e de "Ainda Hoje", capturadas na data de estréia da emissora pelo usuário Comte do YouTube.
Vinheta interprogramas
Ainda Hoje
Algum tempo depois da TVJB entrar no ar a CNT reformulou seu site, que passou a exibir um banner explicando a parceria "sem qualquer aquisição, fusão ou incorporação". Veja o comunicado:
Continuo a história da TVJB no próximo sábado, falando sobre sua programação, repercussão e extinção.
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