Em meio à crise da TV Cultura, Serra ataca TV Brasil

Faz algum tempo que não escrevo aqui e queria voltar falando de algum dos temas que mais chamaram a minha atenção nesse tempo em que estive "fora", como o fim do Jornal do Brasil impresso e a polêmica da TV Cultura. Ainda vou escrever, mas não podia deixar de registrar o sentimento de #calabocaserra que senti ao ver, no Portal Imprensa, a seguinte manchete: "Serra afirma que governo financia 'blogs sujos' e usa TV Brasil para fins políticos"

Não estou fazendo campanha para ninguém, estou decepcionado com todos os partidos grandes que já simpatizei e não fico mais emocionado com propaganda eleitoral bem feita - e confesso que já fiquei muito. Dito isso, vamos lá: Serra, por que o senhor perde tantas chances de ficar quieto?

Fala de controle social (e não governamental) da mídia como se fosse censura/ditadura, mas repete o asqueroso "blogs sujos", que inclui numa mesma "baciada" qualquer blogueiro (financiado ou não) que critique ele ou seu partido.

E com o monte de notícias esquisitas sobre a TV Cultura, desde o afastamento do Gabriel Priolli até essa reestruturação do João Sayad, vem acusar a TV Brasil de servir de "instrumento de poder para um partido". Não tinha hora melhor para levantar polêmica sobre TV pública que agora, né? Principalmente se a intenção for usar a campanha para se queimar.

Leia a íntegra da matéria do Portal Imprensa:

Serra afirma que governo financia "blogs sujos" e usa TV Brasil para fins políticos

O candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, afirmou, nesta quinta-feira (19), que o governo federal financia "blog sujos" que "dão norte do patrulhamento" a jornalistas.

A acusação do candidato tucano ocorreu no 8º Congresso Brasileiro de Jornais, promovido pela Associação Nacional de Jornais (ANJ), no Rio de Janeiro. No encontro, Serra assinou a Declaração de Chaputelpec, uma carta de compromisso com a liberdade de imprensa reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Serra afirmou que o governo efetua "patrulhamentos e perseguições sistemáticas" a jornalistas e que a TV Brasil serve apenas para criar cargos e favorecer um "partido".

"Boa parte desta estratégia não deixa de ser alimentada por recursos públicos, como por exemplo da TV Brasil, que não foi feita para ter audiência, mas para criar empregos na área de jornalismo e servir de instrumento de poder para um partido", afirmou.

O presidenciável diz-se a favor da regulamentação do direito de resposta depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) extinguia a Lei de Imprensa. "É uma questão que não deve ficar em aberto porque pode gerar coisa ruim em termos de censura e liberdade de imprensa".

Em seu pronunciamento, Serra não poupou sua adversária, a candidata petista ao Planalto, Dilma Rousseff, e o PT por defenderem o "controle da mídia", o qual, em sua opinião, não passa de censura e restrição à liberdade de imprensa.

Após a palestra, segundo informa a Folha.com, Serra se negou a responder perguntas de jornalistas sobre a suposta falta de oposição no país e a respeito de quais blogs sujos a que se referia. Quando indagado, o candidato respondia: "Alguma outra pergunta?". Manifestou-se apenas quando um repórter pediu que ele dissertasse acerca de seu empenho na defesa da liberdade de imprensa.

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