Sobre ativismo na mídia - I
O ativismo na mídia é um tema político. Quando você questiona a concentração da mídia e isso é base pra estímulo do protagonismo na produção de informação, já está numa discussão política.
E quando o que determina a concentração é o poderio financeiro (gerador de competição desigual entre os próprios grupos de comunicação e reponsável pela multiplicação de canais de um mesmo grupo, que seguem um modelo de produção "da casa" por dar mais lucro - sendo o lucro a prioridade para as grandes emissoras, vide o recente caso do Grupo Bandeirantes com a Igreja da Graça na Band e com a Igreja Mundial na Rede 21), falar em estimular a produção do que coloque a criação pessoal acima das leis de mercado parece discurso radical de esquerda! Ainda mais quando os partidos de direita são os grandes "donos" da mídia e quando há grandes veículos com postura quase partidária, de direita.
Tive uma "discussão" sobre isso nos comentários da página da REMA recentemente. Como opinião é uma das coisas mais evidentes aqui, vou reproduzir parte das coisas que escrevi lá. Quem quiser acompanhar os questionamentos do Luiz, o cara com quem "falei" sobre isso, além da parte que eu escrevi lá e cortei aqui, é só acessar o remativista.tk
A discussão acabou não concluindo nada (quem tiver mais paciência pode acompanhar o debate - ou os dois monólogos), mas ficam questões a se pensar.
Alguém tem essas respostas?
E quando o que determina a concentração é o poderio financeiro (gerador de competição desigual entre os próprios grupos de comunicação e reponsável pela multiplicação de canais de um mesmo grupo, que seguem um modelo de produção "da casa" por dar mais lucro - sendo o lucro a prioridade para as grandes emissoras, vide o recente caso do Grupo Bandeirantes com a Igreja da Graça na Band e com a Igreja Mundial na Rede 21), falar em estimular a produção do que coloque a criação pessoal acima das leis de mercado parece discurso radical de esquerda! Ainda mais quando os partidos de direita são os grandes "donos" da mídia e quando há grandes veículos com postura quase partidária, de direita.
Tive uma "discussão" sobre isso nos comentários da página da REMA recentemente. Como opinião é uma das coisas mais evidentes aqui, vou reproduzir parte das coisas que escrevi lá. Quem quiser acompanhar os questionamentos do Luiz, o cara com quem "falei" sobre isso, além da parte que eu escrevi lá e cortei aqui, é só acessar o remativista.tk
Vou usar o primeiro argumento do Luiz . Existe oligopólio de mídia no Brasil? “Pior é em Cuba!”
Certo, pode ser pior em Cuba, mas a idéia não é se espelhar no PIOR pra se conformar com o paradigma atual e sim procurar o melhor!
E não seria MELHOR se a mídia não estivesse concentrada nas mãos de meia dúzia de empresas?
Uma coleção de rádios do mesmo grupo promove a diversidade de informação, de formas de pensar? A resposta é óbvia: não! Tanto que o aumento da concentração faz com que surjam as “rádios customizadas”, emissoras que levam o nome de uma marca qualquer e que estão no ar com o principal intuiro de promover a marca patrocinadora - num espaço concedido pelo governo!
A mídia ativista pode oferecer uma ALTERNATIVA para o conteúdo da grande mídia que, sim, prioriza o lucro em detrimento do conteúdo!
Quanto mais pessoas produzirem material, maior vai ser a diversidade e oferta dessa mídia independente - e, consequentemente, mais rica a discussão sobre qualquer tema que seja abordado tanto pela grande mídia quanto pela mídia independente/alternativa. Dois pontos de vista são melhores que um. E três melhores que dois!
Quando ao discurso direita x esquerda, a “relutância” é em afirmar que tudo o que for produzido vá ter teor panfletário. O anúncio do 2º Dia de Mídia Ativista, que acontece nesse sábado, termina dizendo “Seja a mídia! Faça a mídia!”, estimulando o protagonismo na mídia de quem tiver interesse em produzir algum conteúdo, fazendo ou não parte de um grupo.
Como só percebe parcialidade quem discorda, quem se incomoda com a mensagem “padronizada” da grande mídia acaba, também, sendo mais propenso a discordar do discurso da direita - sendo ou não de esquerda.
A discussão acabou não concluindo nada (quem tiver mais paciência pode acompanhar o debate - ou os dois monólogos), mas ficam questões a se pensar.
Como produzir conteúdo que vá na contramão do discurso conservador da grande mídia sem parecer panfletário? Que elementos esses conteúdos precisam ter para atrair pessoas acostumadas (e satisfeitas) com a visão única dos grandes veículos? E o básico (até essa questão ele levantou): será que muita gente acredita na total imparcialidade da grande mídia?
Alguém tem essas respostas?
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