TV Brasil, devagar e sempre
Ainda não é dessa vez que vou falar sobre a prometida estréia da TV Brasil em canal aberto na Grande São Paulo. Em maio foi noticiada a previsão de entrada do canal 69 analógico para o final de julho, como já foi comentado aqui. Estamos em agosto e o espaço continua vazio, por mais que o site da TV pública coloque uma animação em flash descrevendo "como sintonizar a TV Brasil" onde mostra o canal para São Paulo (reprodução ao lado).
Mas a TV Brasil está caminhando. Na terça-feira passada (29/07) ela ganhou o reforço de Aziz Filho na gerência de jornalismo, "depois de nove anos na IstoÉ, sendo sete na chefia da sucursal do Rio de Janeiro". Em entrevista ao Portal Imprensa, o jornalista disse que pretende "atuar bastante na pauta, para fazer com [que] elas sejam mais aprofundadas e, por isso, diferenciadas" e que "o jornalismo deve ajudar a construir o público da TV Brasil".
A programação também tem novidades. A Folha Online disse em 25/07 que a TV Brasil "prevê para este segundo semestre o lançamento de 14 novos programas entre atrações musicais e documentários". Na última semana foi anunciado o fim do "Diálogo Brasil" e extinto o "Espaço Público", dois programas de debates considerados muito regionais pela direção da emissora. "O 'Espaço Público' é um programa da antiga TVE. É essencialmente carioca, com convidados cariocas. Agora nós somos a TV Brasil, temos que mudar alguns programas da grade", disse Helena Chagas à reportagem de Sérgio Matsuura para o Comunique-se. O "Espaço Público" teve sua última edição em 31/07 e o "Diálogo Brasil", gerado de Brasília, será exibido até o final deste mês. Os dois serão substituídos pelo novo "Três a Um", que poderá ter tanto um convidado entrevistado por três jornalistas quanto três debatedores mediados por um jornalista.
Ainda sobre a programação, no dia 29/07 estreou o "Revista Brasil", programa de reportagens apresentado por Luiza Sarmento (foto, ex-TVE e TVJB), "composto por três temas diferentes que se interligam", conforme descrição do site da emissora - e estão nos planos da EBC a criação da "Revista África" e "Revista América Latina" para o horário apelidado de "faixa da reflexão". Além do "Revista Brasil", foram lançados recentemente novas produções, com destaque para o "De Lá Pra Cá" de Ancelmo Góis (comentado aqui) e para o "Caminhos da Reportagem".
No mais, tudo continua com atrasos, mas não parado. Em maio a revista Tela Viva tinha publicado que os equipamentos da TV Brasil de São Paulo estavam esperando para serem entregues no Espaço Bic (local escolhido para abrigar a sede paulista da emissora). A reportagem apontava junho como "o prazo inicial imaginado pela administração da TV Brasil para concluir a integração completa Radiobrás/TVE e lançar a grade renovada", denotando que os atrasos, de certa forma, eram previstos. Só não sei se havia previsão pra tanto atraso: na última segunda-feira outra reportagem da mesma revista informou que o prédio "ainda recebe alguns itens básicos de infra-estrutura, como condicionadores de ar e banda larga", e que "a expectativa é que os equipamentos estejam instalados em até um mês".
Um novo site também estaria em desenvolvimento, sem previsão para entrar no ar, conforme nota do Comunique-se no início do mês passado, que não falou nada sobre o novo site trazer ou não um novo logotipo, já que o atual (e já alterado, desde a estréia - vide comparação abaixo) foi anunciado no lançamento da TV como provisório.
O fato é que um dia a TV Brasil "sai". A grade tem sido, aos poucos (bem aos poucos), formatada, e as novas atrações mantêm o nível de qualidade da TVE, quando não o superam! Os responsáveis por áreas estratégicas nesse momento de implantação/consolidação são pessoas competentes ou, no mínimo, com currículos "pomposos" (o novo gerente de jornalismo, além da Editora Três, trabalhou nos jornais O Dia, Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil e O Globo, onde ganhou Prêmio Esso de Jornalismo e Prêmio Líbero Badaró e a implantação da rede conta com a consultoria de Adilson Pontes Malta, responsável pela criação do Projac, e fundador da SET, sociedade dos engenheiros de televisão, por exemplo).
Falando em rede, ela tem tudo pra crescer: nesta segunda-feira saiu na Tela Viva reportagem em que a Abepec, associação que reúne emissoras públicas, educativas e culturais, afirma que o I Fórum Nacional das TVs Públicas "marcou uma mudança no relacionamento da TV Cultura de São Paulo" com as emissoras que integram a associação. A reportagem diz que "a educativa paulista se colocaria agora como uma produtora de conteúdo e não como uma cabeça de rede, deixando este papel para a TV Brasil."
Minhas expectativas continuam altas, mesmo porque ainda parece que vai levar um bom tempo até alguém dizer que a TV Brasil que está no ar é a TV Brasil planejada. Só queria saber o que tanto emperra a EBC hoje (porque alguma coisa deve emperrar), mas isso não é explicado em nenhum lugar!
Mas a TV Brasil está caminhando. Na terça-feira passada (29/07) ela ganhou o reforço de Aziz Filho na gerência de jornalismo, "depois de nove anos na IstoÉ, sendo sete na chefia da sucursal do Rio de Janeiro". Em entrevista ao Portal Imprensa, o jornalista disse que pretende "atuar bastante na pauta, para fazer com [que] elas sejam mais aprofundadas e, por isso, diferenciadas" e que "o jornalismo deve ajudar a construir o público da TV Brasil".
A programação também tem novidades. A Folha Online disse em 25/07 que a TV Brasil "prevê para este segundo semestre o lançamento de 14 novos programas entre atrações musicais e documentários". Na última semana foi anunciado o fim do "Diálogo Brasil" e extinto o "Espaço Público", dois programas de debates considerados muito regionais pela direção da emissora. "O 'Espaço Público' é um programa da antiga TVE. É essencialmente carioca, com convidados cariocas. Agora nós somos a TV Brasil, temos que mudar alguns programas da grade", disse Helena Chagas à reportagem de Sérgio Matsuura para o Comunique-se. O "Espaço Público" teve sua última edição em 31/07 e o "Diálogo Brasil", gerado de Brasília, será exibido até o final deste mês. Os dois serão substituídos pelo novo "Três a Um", que poderá ter tanto um convidado entrevistado por três jornalistas quanto três debatedores mediados por um jornalista.
Ainda sobre a programação, no dia 29/07 estreou o "Revista Brasil", programa de reportagens apresentado por Luiza Sarmento (foto, ex-TVE e TVJB), "composto por três temas diferentes que se interligam", conforme descrição do site da emissora - e estão nos planos da EBC a criação da "Revista África" e "Revista América Latina" para o horário apelidado de "faixa da reflexão". Além do "Revista Brasil", foram lançados recentemente novas produções, com destaque para o "De Lá Pra Cá" de Ancelmo Góis (comentado aqui) e para o "Caminhos da Reportagem".
No mais, tudo continua com atrasos, mas não parado. Em maio a revista Tela Viva tinha publicado que os equipamentos da TV Brasil de São Paulo estavam esperando para serem entregues no Espaço Bic (local escolhido para abrigar a sede paulista da emissora). A reportagem apontava junho como "o prazo inicial imaginado pela administração da TV Brasil para concluir a integração completa Radiobrás/TVE e lançar a grade renovada", denotando que os atrasos, de certa forma, eram previstos. Só não sei se havia previsão pra tanto atraso: na última segunda-feira outra reportagem da mesma revista informou que o prédio "ainda recebe alguns itens básicos de infra-estrutura, como condicionadores de ar e banda larga", e que "a expectativa é que os equipamentos estejam instalados em até um mês".
Um novo site também estaria em desenvolvimento, sem previsão para entrar no ar, conforme nota do Comunique-se no início do mês passado, que não falou nada sobre o novo site trazer ou não um novo logotipo, já que o atual (e já alterado, desde a estréia - vide comparação abaixo) foi anunciado no lançamento da TV como provisório.
O fato é que um dia a TV Brasil "sai". A grade tem sido, aos poucos (bem aos poucos), formatada, e as novas atrações mantêm o nível de qualidade da TVE, quando não o superam! Os responsáveis por áreas estratégicas nesse momento de implantação/consolidação são pessoas competentes ou, no mínimo, com currículos "pomposos" (o novo gerente de jornalismo, além da Editora Três, trabalhou nos jornais O Dia, Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil e O Globo, onde ganhou Prêmio Esso de Jornalismo e Prêmio Líbero Badaró e a implantação da rede conta com a consultoria de Adilson Pontes Malta, responsável pela criação do Projac, e fundador da SET, sociedade dos engenheiros de televisão, por exemplo).
Falando em rede, ela tem tudo pra crescer: nesta segunda-feira saiu na Tela Viva reportagem em que a Abepec, associação que reúne emissoras públicas, educativas e culturais, afirma que o I Fórum Nacional das TVs Públicas "marcou uma mudança no relacionamento da TV Cultura de São Paulo" com as emissoras que integram a associação. A reportagem diz que "a educativa paulista se colocaria agora como uma produtora de conteúdo e não como uma cabeça de rede, deixando este papel para a TV Brasil."
Minhas expectativas continuam altas, mesmo porque ainda parece que vai levar um bom tempo até alguém dizer que a TV Brasil que está no ar é a TV Brasil planejada. Só queria saber o que tanto emperra a EBC hoje (porque alguma coisa deve emperrar), mas isso não é explicado em nenhum lugar!
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