89 FM faz acordo com Nestlé e deve virar 89 Fast

A 89 FM deve ser a próxima rádio "customizada" de São Paulo. De acordo com reportagem de Marcelo Gripa para o AdNews, a rádio fechou um acordo com a Nestlé e terá sua marca vinculada à linha de bebidas Fast, passando a se chamar "89 FM Fast".

A troca de nome não deve ser tão impactante na programação quanto a mudança que transformou a ex-Rádio Rock na 89 de hoje, mas a matéria informa que haverá "mudanças na plástica e programação". O projeto, que deverá ser anunciado em entrevista coletiva na próxima quarta-feira, tem duração inicial de um ano.

Apesar da "customização" de rádios ter pautado os sites especializados depois que Oi, SulAmérica e Mitsubishi batizaram emissoras, a prática não é novidade para a 89. No começo da década de 1980, a antiga Pool FM recebeu esse nome por conta do patrocínio que recebia da Guararapes Confecções, dona das lojas Riachuelo e fabricante do jeans Pool.

Certa vez, li alguém classificando a 89 pós-Rádio Rock como uma "volta às origens" - quem escrevia acreditava que, se a Pool FM estivesse no ar hoje, teria programação musical parecida com a da 89 atual. Não sei se a programação musical da 89 chega ser uma "volta" à Pool FM, mas a customização pode ser.

Comentários

  1. É mesmo um regresso. Não digo do rádio propriamente dito. Na pré-história da TV quem 'apitava' mais alto na programação eram os anunciantes com suas 'Sabatinas Maizena', 'Resenha Facit', 'Repórter Esso', 'Hora do Lanche' (patrocinada pela antiga fábrica de biscoitos S. Luis). Li - não se se é verídico - que o JN vem do patrocinador inicial, o Banco Nacional. Até mesmo as novelas tinham que se submeter aos textos impostos pelos patrocinadores. A Globo que acabou com isso e profissionalizou-se contratando autores próprios.

    Quanto ao rádio, esse é um processo inevitável. Depois dos áureos tempos jabaculanianos (o próprio Tutinha da Pan afirmou ser fã do método...) que se foram com a decadência da indústria fonográfica e dos arrendamentos parciais ou totais a grupos evangélicos ou similares, não há como escapar. A receita virá daí. A culpa é dos próprios empresários que sucatearam o setor. Já que a segmentação de estilo é impossível num país como o Brasil (diferente dos EUA que tem rádio de tudo quanto é estilo tocando) a segmentação vem das marcas. Pra dizer a verdade é até melhor do que o arrendamento e um sucateamento maior na qualidade da programação.

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