Ministério da Saúde diz que comentário de Alexandre Garcia, na CBN, sobre HIV é "retrocesso para o jornalismo"

Do blog da Magaly Prado:

Por Eduardo Neco/Redação Portal IMPRENSA

O Ministério da Saúde emitiu comunicado, nesta quarta-feira (12), em que contesta informações em comentário do jornalista Alexandre Garcia a respeito de suposto incentivo governamental às mulheres portadoras de HIV que pretendem engravidar. Na última sexta-feira (7), Garcia classificou a iniciativa como "uma maluquice".

Para o Ministério, o comentário do jornalista durante a edição da manhã do "Boletim Brasília", da rádio CBN, é "uma lástima e um retrocesso para o jornalismo brasileiro", além de trazer "um enorme prejuízo para às pessoas que vivem com HIV/aids".

Por reincidir em comentários equivocados sobre o HIV, segundo a pasta, a atitude do jornalista "é uma clara demonstração de preconceito" injustificável, uma vez que "há comprovado aumento da sobrevida e melhora significativa na qualidade de vida dos soropositivos".

Sobre o suposto incentivo do Ministério à gravidez de portadoras de HIV, a pasta respondeu que sua atuação se dá no fornecimento de "informações que possibilitem ao profissional de saúde orientar cada pessoa que deseje ter filhos com as informações mais precisas - sempre embasadas na melhor evidência científica disponível".

À emissora, a pasta requisitou, informalmente, apoio "para dar à população a informação correta, sem preconceitos, de forma inclusiva, permitindo que essas pessoas [portadoras do HIV] exerçam a sua cidadania".

***

Absurdo! Por favor, repliquem. Precisamos alardear quem é preconceituoso e só ajuda a desinformar.

Comentários

  1. O Gracinha seeeempre nos comentário, não me espanta. Agora, essa decisão do Ministério me dá medo sim. Okay, que podem ter condições, etc. Mas, com tanta criança largada aí, sem família ou condições, acho que seria melhor facilitar a adoção do que o sexo entre casais portadores de HIV. Ainda assim é algo arriscado, muito quebra de preconceito para um país que ainda existe marido infectando esposa.

    ResponderExcluir
  2. Simone, se existe a possibilidade de uma mulher portadora do HIV ter um filho que nasça sem o vírus, a função do ministério é informar sobre essa possibilidade (inclusive sobre os riscos) e explicar o que essa mulher deve fazer caso queira ter o filho.

    A função do ministério não é julgar se alguém deve ou não deve ter filho. A pessoa é quem tem que decidir se quer ou não, independente de ser portadora do HIV ou não... Mas a pessoa tem o direito à informação, né?

    Concordo que a adoção deveria ser facilitada não só pra pessoas com Aids, mas também pra casais heterossexuais, gays, pra pessoas sozinhas e pra quem mais quiser e tiver como criar. Aliás, não entendo que critérios definem quem pode adotar uma criança... é tanta burocracia, mas permite que gente como aquela promotora torturadora adote! Mas o ministério da Saúde estimular a adoção pra um casal portador de HIV que quer ter filho biológico seria muito preconceituoso!

    ResponderExcluir
  3. ALEXANDRE GARCIA SEMPRE FOI XAROPE,DESDE OS TEMPOS DA TV MANCHETE.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas